A DOC Contabilidade Empresarial sugere que diante da decisão do Copom de elevar em 0,5 ponto percentual a Selic, na reunião do dia 11/11, para 11,25% a.a., as empresas fiquem atentas, porque, apesar do já esperado percentual, visto que o boletim Focus já vinha sinalizando reiteradamente números bem longe do centro da meta de 3%, a medida trará implicações significativas para a economia como um todo, o que se reflete nos negócios.

Isso se dá porque o aumento da taxa de juros tem o objetivo de desestimular o consumo e o crédito, contribuindo para que a inflação não avance ainda mais. A inflação acumulada nos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -IPCA, está em 4,74%. O aumento dos juros também encarece os empréstimos, o que pode reduzir todos os níveis de investimentos.

Este cenário se complica ainda mais diante da valorização do dólar, que está chegando à casa de R$ 5,90, somado às incertezas globais, às mudanças climáticas, à instabilidade política e às flutuações nos preços das commodities. Portanto é recomendável que os gestores tenham em mente um posicionamento de vigilância constante e uma abordagem cautelosa nas próximas decisões.

O que vem pela frente?

Em se tratando de economia, nunca se sabe ao certo o que vem pela frente, mas é fundamental estarmos preparados para enfrentar os desafios que virão com a alta dos juros. Ao adotarmos uma mentalidade flexível, conseguimos adaptar-nos às circunstâncias e encontrar soluções criativas para problemas inesperados.

As expectativas em relação aos próximos passos do Copom giram em torno do comportamento da inflação, dos indicadores de atividade econômica e do impacto das políticas fiscais em vigor. Neste sentido, o mercado espera que a Selic termine, no exercício de 2024, em 12% a.a., com mais duas elevações, uma em dezembro de igual magnitude e uma última de 0,25 ponto percentual, na primeira reunião de 2025. Do contrário, é possível que a alta se estenda até 13%.

A continuidade dessa trajetória de elevação na taxa de juros impactará diretamente o acesso ao crédito por parte de pessoas físicas e jurídicas, tornando financiamentos mais onerosos. Essa é a tendência!

Isso pode levar a um recuo no consumo, uma vez que as famílias tendem a adiar compras de maior valor, como imóveis e veículos, e as empresas costumam adiar investimentos em expansão. Essa consequência, por sua vez, pode causar um efeito cascata na economia, refletindo em um crescimento mais lento e menos empregos.

E sem contar que a possível desvalorização do real em relação ao dólar aumentará os custos de importação, contribuindo para uma pressão inflacionária adicional.

Recomendações

Diante dessa realidade, a DOC Contabilidade Empresarial recomenda, em primeiro lugar, a revisão do portfólio de dívidas. Em outras palavras, as empresas devem avaliar os prazos e as taxas de seus financiamentos, buscando renegociações ou alternativas que minimizem o impacto do aumento dos juros.

Em segundo lugar, é dever das empresas agora manter um controle rigoroso do fluxo de caixa, priorizando o pagamento de obrigações que possam ser afetadas por variações nas taxas de juros.

A diversificação das fontes de financiamento também se torna outra estratégia importante. Nesse caso, os especialistas da DOC Contabilidade orientam os empresários a buscar alternativas como emissão de ações ou capital próprio, o que pode reduzir a dependência de empréstimos, mitigando os riscos associados a taxas de juros elevadas.

Outro ponto a se considerar é acelerar projetos que possam gerar receita imediata, a fim de aumentar a entrada de recursos antes que condições financeiras se tornem ainda mais desfavoráveis.

Por fim, manter uma comunicação clara com stakeholders, incluindo investidores e credores, é vital. Transparência nas estratégias e nas medidas adotadas para enfrentar as oscilações da economia pode fortalecer a confiança e garantir suporte em tempos incertos.

Preparo

Assim, é fundamental que, com o auxílio da Contabilidade, as empresas e os investidores revisem suas estratégias financeiras e operacionais à luz desses novos juros.

O conselho da DOC Contabilidade, por fim, é que as empresas reavaliem suas estratégias financeiras e operacionais o quanto antes, não deixem de fazer um planejamento tributário, busquem formas de mitigar riscos e diversifique as fontes de receitas. Tudo isso sem deixar de lado a tecnologia e a inovação como aliadas na redução de custos operacionais.

Nossa equipe de especialistas está a disposição para contribuir nesse momento turbulento de nossa economia, visando sempre soluções adequadas para os gestores, a fim de manter o negócio saudável, sem solução de continuidade na geração de riquezas e na manutenção dos empregos.

Domingos Orestes Chiomento – CEO da DOC Contabilidade Empresarial

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